domingo, 30 de maio de 2010

LÍLA DINIZ


SALIPI 2010 - FESTA DA POESIA NO PIAUÍ

Lília Diniz é maranhense, tem 30 anos, faz teatro há 11 anos e escreve poesias desde 1997.



Natural do Maranhão, Lilia Diniz costuma dizer que foi alfabetizada (tanto nas letras como no meio artístico) pela literatura de cordel.


Quando criança participou de dramatizações na igreja e na escola. Estava sempre escrevendo “dramas” e encenando.


Nas andanças pelo mundo, fez teatro de rua em Serra de Martins/RN, participou de muitas cantorias com repentistas da Paraíba, do Ceará e do Rio Grande do Norte.


Voltou ao Maranhão, onde pode ter contato com grupos folclóricos de bumba-meu-boi, cacuriá, lindô e mangaba dentre outros.


Chegou a Brasília para morar em 1996 e pode perceber que, além de uma qualidade de vida muito boa, esta cidade abriga o país inteiro dentro dela, com uma diversidade cultural enorme e um campo vasto a explorar artisticamente.


Como atriz tem participado de várias performances teatrais poéticas em Congressos, Seminários e outros eventos. É membro do Proyecto Cultural Sur, movimento de intercâmbio que abriga poetas, artistas plásticos, atores e músicos da América latina e América central. Participou do IX e do X Congresso Brasileiro de Poesia realizado em Bento Gonlaves-RS


Começou a escrever em 1994 e, não tendo ainda o conhecimento da linguagem poética, buscou essa referência no trabalho de Cora Coralina, e Patativa do Assaré. E como poeta, recentemente ela lançou dois livros.


O primeiro deles, Miolo de pote da cacimba de beber, livro lindíssimo e maravilhoso, coisa que só o leitor ao pegar o volume vai poder constatar.


Pois bem, Miolo de Pote da Cacimba de Beber é segundo lançamento da autora, recebe ilustrações de Manoela Afonso (arte-educadora e gravurista Curitibana) e Bia de Melo, professora do Instituto de Artes da Universidade de Brasília-UnB) ambas do grupo de gravuras Xiloucos, contém 96 paginas e um visual rústico a partir da utilização do papel craft, trazendo no acabamento ao invés de grampo ou cola, uma corda de sisal amarrando o livro e ainda uma embalagem para o livro, feita de talo da palmeira de Buriti confeccionada pelo agricultor/carpinteiro José F. Diniz, além de um projeto paralelo ao livro que é a produção de 12 modelos de cartões postais desenhados por moradores da Vila São Luiz, na cidade de Davinopólis, interior maranhense onde residem seus pais, desenhos estes que ilustram a vida no sertão maranhense das quebradeiras e coco e da vida simples no campo .


Passeiam pelos versos de Lília Diniz as lavadeiras, as quebradeiras de coco e um cheiro de mato que permeia toda a obra.


Complementando a obra, Lília trouxe ainda para sua "festança" de lançamento um espetáculo poético musical, onde cantarolou cantigas de composições próprias inseridas no livro.


O segundo, Babaçu, Cedro e outras poéticas em Tramas.


Este livro é uma publicação independente, com 80 páginas recheadas de poesias que falam de nossa cultura (não só do Maranhão, mas do Brasil), de amor, angústia, desilusão e sociedade (justiça social, liberdade, dignidade, etc).


As ilustrações são de Núbia Sampaio, também maranhense e aluna do Departamento de Artes Plásticas da UnB.


Desde que lançou seus livros, ela vem trabalhando nas escolas, falculdades, congressos, etc., dando ênfase principalmente aos poemas de cunho regional (onde fala das lavadeiras, quebradeiras de coco (babaçu), Nordeste, etc.


Para desenvolver esse trabalho, Lilia utiliza das bonecas de pano confeccionadas por “Maria de Expedito”, como é conhecida na cidadezinha de Janduís/RN e de performances poéticos teatrais para divulgar não só suas poesias, mas de outros poetas como Patativa do Assaré, Cora Coralina, Louro Branco entre outros.


Ela ainda edita o blog “Ranchinhos da Poesia” (http://lilia-diniz.blog.uol.com.br/) onde ela divulga eventos, publica seus poemas e manda ver na sua arte.


Para se ter uma idéia ainda sobre Lília Diniz, ela foi congressista do Congresso Brasileiro de Poesia em Bento Gonçalves-RS por quatro anos consecutivos (2001/2002/2003/2004); integrante do Coletivo de Poetas do Distrito Federal; pesquisadora do Núcleo Otelo de Pesquisa e Pesquisa Teatral; coordenadora a 12 anos do Projeto Arte e Consciência nos estados do RN, MA e DF; coordenadora Regional e Teatro do Proyecto Cultural Sur – Brasília; e estudante do Instituto de Artes da UnB(Universidade de Brasília), no curso de Educação Artística-licenciatura em Artes Cênicas.